B.boy kaleo "Charlie Felix"
- Kaleo
- 31 de mar. de 2011
- 3 min de leitura
B.Boy Kaléo – Jokazooh Crew
Essa é uma responsa do B.Boy Kaléo: bailado forte, botando organização, e além disso – o homi é internacional, broder! Na Jokazooh Crew é tudo do mesmo nível. Tipo assim, é uma salada global. A crew foi formada na Alemanha, na cidade de Bielefeld, misturando alemães, asiáticos, um turco e de brasileiro: é o Kaléo e o B.Boy B.Rock.

Na real, Kaléo voltou da Alemanha no final de 2009, numa de concluir vários planos que já vinha traçando na mente. Mas foi a época da crise econômica, seus contatos deram pra trás e os projetos desandaram. O resultado foi que 2010 virou uma espécie de férias forçadas no Brasil – mas que fortaleceu as metas pra 2011.
Então esse ano já começou quente: mete uma broncapara puxar as sessions em Niteroi e São Gonçalo, numa de que o breaking é construído com esforço, em praça pública e levando sempre em conta os fundamentos. Mesmo já tendo posto prática nisso, a burocracia no Brasil é uma dor de cabeça, e o mínimo apoio das autoridades parece um nó cego, que não desata fácil. Conta com a boa vontade dos vizinhos, para não ter reclamação, nem ter a polícia em cima pra desligar o som.
A Nikiti Session é uma moral pela cidade de Niterói. Por lá, ainda não tem um lugar certo pros encontros breaker – está sendo construído. O destaque foi a solidariedade com o projeto. Kaléo contou com o apoio do CLAM, que é banca forte de SG; mais a força do B.Boy Ghél Nikaido, que botou pilha nos conhecidos; mais o DJ Willamy, que é local, sabe tudo. E conta que o número surpreendeu, inclusive pelas 5 cabeças que vieram de Jacarépaguá, fora o Doug e o Troia da Maré, entre outros de longe.
+velho também chegou

Em São Gonçalo também não foi pouco. As mais de vinte cabeças que formaram por lá, como primeira vez na Praça do Rodo, na véspera de carnaval – não poderia ter sido melhor, diz Kaléo. E é também um trabalho que está começando a ganhar uma forma, conquistando aos poucos a divulgação para reunir quem está espalhado. A tendência é só fortalecer.
Sobre o trabalho de apoio, a CLAM botou o decorflex, e Kaléo até comprou um sound especialmente para essa nova fase na região. B.Boy Japa também falou da espectativa, que geral tá juntando para a Style Monster não faltar com um Boom-Box. Isso sem falar do registro, que o B.Boy Pluto tanto vem se esforçando, como agora entrou a Luísa, que sabe tudo de filmagem e fotografia – mídia alternativa é o canal!


Alex Silva "Pluto" Luisa
Sobre as B.Girls, Kaléo disse que nem sabe se forma na cena daquele lado da poça – que tinha a B.Girl Boneca, que se afastou, mas que devem existir outras, anônimas. E completou, dizendo que um problema que ele vê é a B.Girl entra, mas logo se ajeita com um B.Boy, ou arruma um namorado por aí – e deixa o breaking de lado.

Até culpa os próprios B.Boys, por muitas vezes vê-las como “pegável”, que nem é errado isso, mas… para a cultura breaking, muito amor atrapalha. Kaléo fala de seu compromisso como professor, como divulgador da cultura – uma experiência que fez ele pensar diferente sobre esse assunto. Mas, pra geral, ele não vê nesse nível, pra saber ensinar. Falta o interesse de geral em passar os fundamentos, ao invés de pensar “só naquilo” diante de uma mina de breaking na praça.

Os amigos que fecham nas cyphes e o casal Thomassin.

É minha gente, isso tudo é a evolução – discutir os assuntos, buscar entender, como resolver os problemas. Sempre tem solução. Kaléo promete que ainda esse ano vai bolar um plano mais sólido, algo como uma escola, uma Ong – mas ainda não sabe direito. É um caminho, sabe que é pra frente – e só resta a gente torcer por ele. Força Kaléo!
Recado “Faça seu breaking movido pelo amor !! ao breaking !! – essa é a essência!”
“Quero agradecer aos amigos que sempre colam nas rodas de breaking, mas também agradeço aos inimigos que puseram fogo na bomba – pro break brilhar! Só me fizeram crescer. A todos – um grande salve!”
Por poeta Xandu
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